Investigados no inquérito que resultou na prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques ofereceram, nos últimos dias, propostas de delação premiada para entregar irregularidades envolvendo o ex-gestor e a corporação.
As propostas detalham os crimes, a dimensão da participação do ex-chefe da PRF e o nível de politização da instituição na gestão de Silvinei.
Investigadores ainda avaliam o teor dessas ofertas entregues à PF. Só ao fim dessa análise, a polícia vai decidir se aceita a colaboração premiada – que ainda teria de ser validada pelo Judiciário.
Neste caso, assim como a delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Barbosa Cid, a análise cabe a Alexandre de Moraes, relator do inquérito.
Polícia Federal prende Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF
Blitze no segundo turno
Silvinei Vasques foi preso no início de agosto em uma operação sobre as blitze montadas em rodovias pelo país, sobretudo no Nordeste, no dia do segundo turno das eleições 2022.
Os nomes dos investigados que teriam oferecido a delação são mantidos em máximo sigilo para não atrapalhar as investigações.
Interlocutores ouvidos pelo blog, no entanto, confirmam que o certo é falar de "investigados", no plural – um grupo de supostos envolvidos que teria oferecido esse acordo.